Segundo o site do TJDFT, “a petição inicial, como o nome já diz, é primeiro ato para a formação do processo judicial. Trata-se de um pedido por escrito, onde a pessoa apresenta sua causa perante a Justiça, levando ao juiz as informações necessárias para análise do direito.”
Ou seja, é onde todo o processo começa. É o momento no qual o advogado conta a história do caso e faz a primeira comunicação entre seu cliente e o juiz. Nela, o advogado detalha os fatos e pormenores do processo e oferece a possibilidade da parte contrária se manifestar.
Podemos dizer que a petição inicial é um dos registros mais importantes do processo. É ele que determina o rumo que o processo tomará, visto que é o único documento que o juiz tem para avaliar o caso e decidir quais serão os próximos passos.
Por isso, é de extrema importância que você saiba como prepará-la. Mas não se preocupe, pois vamos te mostrar tudo aqui!
Neste artigo você verá:
A primeira coisa que você deve ter em mente é que a petição inicial é o meio pelo qual a história do caso será contada. Ou seja, conte uma boa história.
Para te ajudar, listamos aqui alguns passos para fazer uma boa petição. Vamos lá!
Para fazer uma boa petição inicial, você deve ter em mãos todos os fatos e detalhes. É necessário conhecer muito bem seu cliente e o caso que você irá representar.
Converse muito com seu cliente, conheça seus pontos fortes e fracos, reúna fatos, argumentos e principalmente os pormenores. Ser preciso e detalhista fará toda a diferença na hora de apresentar o caso ao juiz.
De nada adianta reunir todos os fatos e argumentos se não há organização. Uma boa petição inicial é contada de forma cronológica, na ordem em que todos os fatos ocorreram.
Prepare todos os documentos e comprovantes necessários, armazene em um local de fácil acesso e não esqueça de anexá-los de maneira organizada à petição.
Isso vai ajudar o juiz a compreender melhor o que de fato aconteceu e quais as motivações do cliente para a abertura do caso.
Com todas as informações em mãos, é hora de traçar a estratégia da sua petição inicial.
Pense em como você irá contar a história. Muito mais do que uma formalidade a ser entregue ao juiz, a petição inicial deve ter uma narrativa que prenda a atenção dele e o faça olhar o caso com cuidado.
Para isso, trace um plano. Faça um rascunho e escreva em tópicos o que você vai abordar, o que você quer dizer sobre aquilo e quais documentos ou provas irá anexar. Isso vai te ajudar a colocar os pensamentos em ordem e formar uma narrativa.
Com essas 3 dicas, você já está preparado para começar a escrever. Mas antes disso, vamos conhecer os requisitos para petição inicial de acordo com o Novo CPC:
Para redigir uma petição inicial, existem alguns requisitos específicos que devem ser cumpridos de acordo com o novo Código de Processo Civil.
O artigo 319 do Novo CPC, como é chamado, traz as seguintes premissas obrigatórias:
I – o juízo a que é dirigida;
II – os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV – o pedido com as suas especificações;
V – o valor da causa;
VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
Mas calma! Vamos explicar cada uma delas:
Toda petição inicial é endereçada a um juiz. Mas de acordo com as regas novo CPC, é obrigatório destinar o documento ao juízo competente, que pode ser do âmbito Estadual ou Federal.
Veja um exemplo:
Como comentamos anteriormente, os detalhes são importantes na hora de escrever uma petição inicial. E na qualificação das partes não seria diferente.
Forneça todas as informações descritas no item II do art. 319 e atente-se para ter tudo atualizado, tanto do autor quanto do réu. Sabemos que em alguns momentos você não terá todas as informações, principalmente do réu. Neste caso é possível solicitar uma diligência para que o próprio juízo colete esses dados.
A indicação do fato e dos fundamentos jurídicos são o que chamamos de causa de pedir. O fato é a causa de pedir remota e o fundamento, a causa de pedir próxima.
Para te ajudar a entender melhor, a razão de existir de uma petição inicial é ter um fato ou vários fatos que devem ser analisados, certo? Então, para escrever a petição, não basta expor os fatos, é preciso dizer também a que fundamento jurídico ele pertence.
O pedido é a essência da petição inicial. Ele deve ser juridicamente possível e pode ser de origem processual ou material.
Todos os pedidos do caso devem estar presentes no documento, sem exceção.
Toda causa tem um valor, mesmo que não seja econômico, que deve estar presente na petição inicial. Ele deve ser apresentado com um valor certo e em moeda corrente nacional.
A informação do valor da causa é muito importante, pois ele ajuda a determinar o valor dos honorários, causas processuais, etc.
Nos artigos 291/293 do Novo CPC, é possível encontrar os critérios de atribuição desses valores.
As provas também são itens essenciais na petição inicial. Afinal, são elas que comprovarão a validade do pedido. Indiquem todos os fatos comprobatórios possíveis.
As provas podem ser em forma de:
Por último, ao enviar uma petição inicial, você deve dizer se há a possibilidade de uma audiência de conciliação ou de mediação por parte de seu cliente. Se essa opção não for preenchida, o juízo entenderá que pode haver a audiência.
Muitos são os requisitos não é mesmo?
Além de contar uma boa história, é preciso cumprir todas as especificações exigidas. Vamos falar um pouco mais agora sobre o uso de modelo de petição inicial.
Se você fizer uma busca rápida na internet, verá que não é difícil encontrar uma petição inicial pronta. Mas será que é tão simples de usar?
Vejamos. Nossas primeiras dicas foram conhecer bem o caso que será trabalhado, reunir o máximo de informações possível e contar uma história. Dito isso, não basta somente usar uma petição inicial pronta, e sim construir a sua.
Por outro lado, elaborar uma petição inicial completamente nova leva tempo e isso acaba impactando na sua produtividade. O ideal é otimizar a construção da sua petição, de maneira que ela preencha todos os requisitos, tenha uma narrativa consistente e seja feita rapidamente.
Para otimizar seu tempo na hora de montar uma petição inicial, conte com a ajuda da automação jurídica.
Softwares jurídicos possuem diversas funcionalidades que colaboram para o ganho de produtividade de um escritório de advocacia. E elaboração de petições iniciais é uma delas.
No Legitimvs, temos alguns modelos prontos para serem preenchidos com suas informações. Além de ter todos os requisitos, o preenchimento é feito de forma rápida e customizada, sem perder nenhum detalhe da história do seu caso.
Clique aqui para conhecer na prática.
Neste artigo, vimos que a petição inicial é um dos documentos mais importantes de um processo. Ela deve ser elaborada a partir de muito estudo do caso e preencher todos os requisitos de acordo com o Novo CPC.
Mas para otimizar todo esse processo, é possível contar com automação e funcionalidades de um software jurídico que ajudam a ganhar tempo e produtividade.
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